quarta-feira, abril 04, 2007


Eu sonhava, sonhava com cavalos que percorriam uma planície imensa e disforme, que se transformava a cada passada, trote. A cada metro avançado pelos cavalos a imensidão atrás deles se diluía em céu, sem que houvesse a fronteira do que se ensaia chamar de horizonte. Não há pessoas nem árvores nessa terra imensa. Só as patadas dos cavalos abalando a pureza do chão eterno. Pouco se vê, mas se sente o pulsar dos corações dos cavalos baios como se o meu pulsar fossem, confuso e atropelado. E a cada avanço o mundo mingua, a solidez tão efêmera da matéria aos poucos se torna insólita e azul. E nesse céu que sem fronteiras definidas, reina a deusa branca, ...

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